O Secretário da Secretaria da Pesca e Aquicultura do Ceará (SPA), engenheiro de pesca Ricardo Campos recebeu nesta segunda feira (8), a visita da também engenheira de pesca, Ana Maria, responsável pelo projeto de enlatados de peixes, um novo tipo de enlatado que deve chegar à mesa dos consumidores brasileiros, que é preparado de modo semelhante ao das tradicionais sardinhas, conservada em latas.

A lata vem com molho de tomate e pronta para consumir, sem necessidade de preparo em fogo, com validade de até 04 (quatro) anos, diz a autora do projeto. Ana Maria veio demonstrar o Projeto de Enlatamento de peixes cultivados em água doce, em especial, processo de enlatamento da tilápia, com o intuito de fomentar a utilização da proteína de peixe na inclusão do cardápio da merenda escolar.

Como surgiu a ideia:

Pesquisadores da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) trabalharam no projeto havia três anos, e incluíram no decorrer desse tempo outras seis espécies de peixe de água doce no trabalho. A ênfase dada à tilápia se deve à possibilidade de uma produção maior, já que é a espécie mais comum na região.

A autora do projeto, a época, aluna do último ano de Engenharia de Pesca, conta que a ideia veio à tona quando ela trabalhava em outra pesquisa, relacionada à inclusão de pescados na alimentação escolar. “Eu me perguntava, se era possível oferecer sardinha enlatada para as crianças, por que não tilápia?”, exclamou Ana Maria.

Para levar o projeto adiante, Ana Maria disse que buscou, além da orientação de professores da Unioeste, parceria com a Fundação Universidade Federal do Rio Grande (Furg), que ficou responsável pelo enlatamento. Desde então, foram produzidas cerca de 350 latas de 820 gramas com diferentes tipos de corte do peixe e três variações de molho: água e sal, tomate e óleo vegetal. Uma das vantagens já constatadas na tilápia enlatada é o tempo de conservação. Enquanto a tilápia congelada dura no máximo seis meses, o peixe enlatado chega há dois anos sem perder sua propriedade nutritiva e de sabor.

Ricardo Campos diz que este projeto é mais uma oportunidade de venda para o tilapicultor Cearense, além de ser um produto durável, que pode atingir os lugares mais inóspitos do Ceará, e que já existe uma indústria Cearense reformando suas instalações para o processo de enlatamento de sardinha e atum, e poderia ser utilizada também para tilápia.

Ainda por sugestão do secretário Ricardo Campos, ela também se reuniu com os representantes da Associação Cearense de Aquicultores (ACEAQ), Camilo e Tony, para discutir quanto à matéria prima, para atender uma provável demanda das Secretarias da Educação e da Saúde.

08.07.2013

Assessoria de Comunicação da SPA

Gerson do Valle  Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

(85) 3241.0114 / TIM (85) 9954.8989 / OI (85) 87542803

Twitter: @spaceara