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Tilápia do Nilo aclimatada no Ceará vai voltar à África. PDF Imprimir E-mail
Ter, 05 de Março de 2013 13:09

A pedido do Ministério da Pesca e Aquicultura, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) vai levar tilápia do Nilo dos viveiros do Centro de Pesquisa em Aquicultura que mantém em Pentecoste, no Ceará, à Costa do Marfim, na África. As espécies serão transportadas para o país africano numa iniciativa que inclui também treinamento dos técnicos locais para aprenderem como formar, preservar o banco genético e povoar os mananciais do país com o pescado.

O peixe foi trazido da África para o Brasil pelo DNOCS no início dos anos 70, com a introdução no país dos primeiros 70 alevinos da Costa do Marfim. Com o passar do tempo, após um processo de degeneração genética da tilápia, o coordenador de Aquicultura e Pesca do DNOCS, Pedro Eymard Mesquita, e Hilton Moura, foram buscar na Tailândia, em 2002, a espécie com características de pureza e receberam treinamento de 18 dias para montar o banco genético em Pentecoste que hoje abastece com alevinos os açudes do Nordeste.

Pedro Eymard diz que o convênio dos governos do Brasil e Costa do Marfim vai proporcionar a devolução da tilápia àquele país africano, de onde veio em 1971-72. O DNOCS dará treinamento para as equipes locais para ensinar como preservar a espécie em banco genético e fazer o repovoamento da fauna nativa.

O ministro da Pesca, Marcelo Crivella, fez a solicitação de cooperação técnica com a Costa do Marfim ao receber o diretor-geral do DNCOS, Emerson Fernandes Daniel Júnior, com Pedro Eymard, que levaram projetos ao Ministério com solicitação de apoio à piscicultura no Nordeste. O Ceará é hoje um grande produtor de tilápia com a pesca de 25 mil toneladas por ano, insuficiente para o consumo local, observa o coordenador.

"A demanda é estimada em mais 25 mil toneladas, no mínimo, e temos produtores ávidos para produzir e suprir o mercado", afirma Pedro Eymard. Todavia, o obstáculo para o aumento da produção no Ceará tem sido atribuído por ele à dificuldade no licenciamento ambiental.

A Agência Nacional de Águas (ANA) há mais de dois anos não concede outorga nova para a criação de tilápia de cativeiro no sistema de tanques-redes em açudes públicos do DNOCS, informa Pedro Eymard. Enquanto isso, segundo ele, São Paulo conseguiu destravar a burocracia do licenciamento ambiental e avança para a posição de maior produtor nacional de tilápia.

Pedro Eymard Mesquisa (à direita)

De acordo com Pedro Eymard, análises científica comprovam que a produção de tilápia em tanques-redes pode dobrar no Ceará sem comprometer a qualidade da água nos açudes do DNOCS. Segundo ele, é observado o limite de 100 tanques redes por hectare, abaixo do limite de 120 recomendado pela análise de qualidade da água.

O DNOCS possui 15 estações de piscicultura no Nordeste, das quais 13 em funcionamento com produção de 36 milhões de alevinos em 2012. Todavia, a capacidade de produção instalada é de 200 milhões de alevinos por ano nas 15 estações, disse Pedro Eymard. Para demonstrar a rentabilidade do investimento na aquicultura e pesca do DNOCS, ele informa que em 2012 foram investidos R$ 3,5 milhões no setor, com um retorno de R$ 120 milhões, que correspondem ao valor bruto do pescado que saiu dos açudes do DNOCS no mesmo ano.

Matéria reproduzida do http://desimbloglio.blogspot.com.br

05.03.2013

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